29 de julho de 2009

Forgotten Boys

O rock'n'roll foi feito para eles e vice-versa. Em um cenário musical dominado pelo axé, Gustavo Rivieira e Arthur Franquini resolveram fazer um som que agradassem a eles, com influência dos Stooges, MC5 e Ramones. Com uma certa quantidade de composições prontas, convidaram o baixista Fernando Ramone e no final de 98 foi gravada uma demo. Após a saída de Fernando, Chuck Hipolitho assumiu o baixo e integrou a formação da banda que gravou o disco "Forgotten Boys", e permanecia a mesma até 2002.

Abrindo shows para Marky Ramone e bandas como Stiff Little Fingers, o Forgotten Boys começou a conquistar seu devido espaço na cena rocker brasileira. Com a saída de Arthur Franquini, Chuck e Gustavo gravaram um split com os argentinos Killer Dolls. Flavio Cavicholli passa a comandar a bateria, e um ano mais tarde, Fralda, ex-Ratos de Porão, toma o lugar de Chuck, que passa para a segunda guitarra. O aclamado "Gimme More" é então gravado pela 13 Records. Depois de mais de um ano na banda, Fralda sai, e é a vez de Zé Mazzei integrar a banda, que nem com uma conturbada alteração constante de membros, perde sua qualidade musical.

Com uma formação já mais sólida e um público já consistente, "Gimme More ... And More" marca provavelmente a melhor fase da banda. Em 2005, "Stand By The D.A.N.C.E." é lançado e agrada fãs e críticos. É uma fusão de guitarras e um som perculiar, adicionado as canções explosivas e energéticas, um show a parte quanto a presença de palco dos garotos esquecidos. O mais recente disco lançado foi lançado em 2008, e após a saída do guitarrista Chuck Hipolitho, novidades inesperadas surpreenderam os fãs mais conservadores: agora a banda conta com percussão e teclado substituindo a segunda guitarra. Mas nada de muito preocupante nas mudanças, já que eles foram feitos para o rock'n'roll.

Integrantes:
Gustavo Rivieira (guitarra e vocais)
Flavio Cavichioli (bateria)
Zé Mazzei (baixo)
Paulo Kishimoto (teclado)
Zé Aurélio (percussão)

Ex-Integrantes:
Arthur Franquini (bateria)
Fralda (baixo)
Chuck Hipolitho (baixo, guitarra e vocais)

Discografia:
Forgotten Boys (2002)
Gimme More (2003)
Gimme More ... And More (2004)
Stand by The D.A.N.C.E. (2005)
Louva-a-deus (2008)

Forgotten Boys - Just Done

Site: forgottenboys.com.br

19 de julho de 2009

Hurtmold

http://impostor.files.wordpress.com/2008/09/hurtmold2.jpg


Surgida em 1998 na cidade de São Paulo, o Hurtmold é uma das bandas que compõe o nome do rock instrumental no Brasil, mas não é só rock. Experimenta, degusta e caminha por todo tipo de música como o jazz, punk e o mais profundo da musicalidade brasileira. Escutar a banda é uma viagem auditiva e consciente por sentidos, gostos e emoções que vão das mais ternas às mais intensas.

Lançaram 2 cassetes demo no início da banda, e em 2000, pela Submarine Records, lançaram o debut que consolidaria a vida do grupo na gravadora, e em 2003 entra o sexto membro que consolidaria a formação atual. Hoje a banda tem 5 álbuns lançados pela mesma Submarine, com um deles sendo um split com o trio The Eternals (Chicago - EUA) formada por dois ex-Trenchmouth e Tim Mulvenna (Jeb Bishop).

Tendo tocado em dezenas de festivais brasileiros como Goiânia Noise, Star Guitar (SP) e Eletronika (BH), e se apresentado ao lado do ícone Arrigo Barnabé e dos gringos do Four Tet, Beans, Prefuse 73, a bagagem do Hurtmold é cheia, e cada apresentação tende a ser uma aventura pros ouvidos.

Integrantes:
Mário Cappi (guitarra)
Fernando Cappi (guitarra)
Marcos Gerez (baixo)
Guilherme Granado (teclado, vibraphone e escaleta)
Maurício Takara (bateria, vibraphone e trompete)
Rogério Martins (percussão e clarinete)

Discografia:
- Álbuns
Et Cetera (2000)
Cozido (2002)
Hurtmold/The Eternals (2003)
Mestro (2004)
Hurtmold (2008)

- Demos
Everyday Recording (1998)
3 am: A Fonte Secou ... (1999)

Hurtmold - Amansa Louco (Ao Vivo no Programa Tramavirtual)

Site: hurtmold.com

15 de julho de 2009

The Pin Ups


É difícil falar sobre o cenário alternativo independente brasileiro sem mencionar os Pin Ups. Formada em 88, enquanto muitos ainda viviam os embalos de sábado à noite, o então trio inspirado por um álbum de David Bowie era precursor do indie ou qualquer outro nome que possa se opor à mesmice do que era então a música nacional. No começo dos anos 90, a banda, que era uma mistura de tudo que havia de melhor no cenário inglês, americano e brasileiro, lançou o seu primeiro álbum, “Time Will Burn”, pela gravadora Stilleto e começava ali o que seria um mito do rock nacional.

Em meio a distorções, batidas dançantes e ao sucesso do disco recém-lançado, foi incorporada à formação uma nova baixista, Alê, que assumiria os vocais alguns anos depois. Os Pin Ups foram mudando a cada disco mesmo sem perder a sua identidade; enquanto o segundo disco era acústico e psicodélico, o terceiro tem uma pegada mais pesada, lembrando um Stooges e Velvet Underground. Já com o posto de maior referência indepedente brasileira, os próximos discos seriam chamados da “Trilogia Cinematográfica”, intitulados com o nome de grandes ícones como Jodie Foster, Bruce Lee e Lee Marvin.

A formação da banda, que sempre foi tumultuada, contava então Flávio Cavichioli na bateria e Eliane, na segunda guitarra. Alguns desentendimentos que já vinham acontecido desde a gravação do quarto álbum levaram a saída de três integrantes, restando apenas Zé Antônio. A nova formação incluia Pedrinho (ex-Killing Chainsaw) na bateria, Chuck (futuro-Forgotten Boys no baixo) e Ramon (ex-Strada) na segunda guitarra durou por poucos shows, e banda se extinguiu oficialmente em 2001. Durante 13 anos, a banda sobreviveu praticamente pelo amor à música. A última apresentação da banda foi no Curitiba Pop Festival em 2004, abrindo para os recém-voltados Pixies. Na discografia, estão os links para download, já que os cds são dificéis de serem encontrados.

Integrantes:

Zé Antônio (guitarra e vocais)
Pedrinho (bateria)
Chuck (baixo)
Ramon (guitarra)

Ex-integrantes:

Luís Gustavo (baixo e vocais)
Marquinhos (bateria)
Alê (baixo e vocais)
Flávio Cavichioli (bateria)
Eliane (guitarra)

Discografia:
- Álbuns
Time Will Burn (1990)
Gash (1992)
Scrabby? (1993)
Jodie Foster (1995)
Lee Marvin (1997)
Bruce Lee (1999)

The Pin Ups – Pure

Site: ???

BOOOM! Music Agradece

Galera, ontem o BOOOM! Music completou dois meses, e só nesse segundo mês
foram mais de 900 visitas! UOOOOOOOOOU

Eu tô aqui mais uma vez pra agradecer por mim e pela Nina, e pra dizer que as
coisas novas não vão demorar muito pra acontecer, mas enquanto não acontecem,
peço que continuem visitando e comentando, é gratificante ver que não é em vão
o que estamos tentando fazer pela cultura.

Falando em BOOOM!, o Coletivo Megalozebu, aliado ao pessoa do Circuito Fora do Eixo
fez uma matéria sobre a gente. Passem lá, dêem uma conferida no trabalho da galera e
no que anda rolando por aí no pessoal que faz tudo em conjunto pelo Brasil.

Um abraço pra todos vocês!

13 de julho de 2009

13 de Julho: O Dia do Rock

Dia do rock!? Mas, do rock!? Sim, sim, temos um dia do ano pra comemorar, mas comemorar o quê? Nunca ouvi falar de comemorar algo que está em decadência, como a indústria fonográfica, visual e de qualquer outra vertente artística brasileira. Mas aí eu me pergunto: o BOOOM! Music não divulga as bandas brasileiras? Sim, mas divulgamos bandas, não trabalhos publicitários voltados à mercadologia, e sim ao prazer de entreter artisticamente.

Olha só, até falei bonito! Bom, você que parou pra ler com certeza vai pensar: "Esse babaca vai falar mal do rock brasileiro como todo mundo já faz". De certo modo, vou sim. Vou tentar ir além de uma malediscência simples e pura e fazer do que seria uma postagem feliz, uma postagem didática. O rock está ruim? Menos do que se pensa. Bem menos. Tudo bem que gênios do áudio resolvem vender NxZero a produzir um cd do Envydust, do Violins ou de outras bandas.

Aí é que está, preferem o NxZero. Meu desgosto pela banda não é pelo fato de eles tocarem "emocore", e sim ao fato de eles não saberem o que fazem. Ao invés de apostar em coisas novas, a indústria do áudio prefere algo que dê garantias de retorno, mas que tipo de retorno gera esse tipo de banda? Bom, fazer plágio de músicas que fizeram sucesso nos anos 90/00 é um bom retorno. Se fez uma vez, faz duas ou até três.

Quando vem aquele pessoal que às vezes veste uma roupa mais normal, gosta de um som legal e quer fazer música porque sente prazer, e o que acontece? Ficam no "undeground". Mas o que impede essas bandas de crescerem não é o fato dos vendedores optarem por outro tipo de produto, é pelo fato do consumidores não conhecerem a lista de mercadorias disponíveis. Sim, a culpa é do fã que não se preocupa em saber o que temos a oferecer por debaixo dos panos.

E eu me pergunto: Cadê aquela coisa da atitude roquenrou? Cadê aquela parada de subverter o sistema? Sumiu? Morreu? Ou então as pessoas só escutam o que é mais fácil de achar? O rock veio ao mundo pra acabar com o mercado e substituir caras bonitos de terno tocando jazz, mas o rock virou um mercado, uma moeda de duas faces, e tá na hora de virar a moeda de cabeça pra baixo e descobrir o que é que tem do outro lado. Qualidade, meus amigos, essa é a face do rock que vende pouco.

Bom, eu vou encerrar por aqui o meu manifesto e vou voltar ao que o BOOOM! Music quer, mas quem dera eu fosse Timothy Leary nessas horas. Joga no Google, bacana, e depois volta pro BOOOM! pra conhecer rock.

10 de julho de 2009

BOOOM! Music

E aí, pessoal, há quanto tempo a gente não se falava!?
Estamos estreando hoje o nosso novo banner, galera,
e eu gostaria de saber o que vocês acharam.

Deixem aqui seus comentários sobre o banner, o blog, os textos.
Ajude a divulgar o BOOOM! Music colocando um link na sua página.
Fazendo isso você não ajuda a gente, ajuda a cultura independente brasileira.

Um grande abraço pra vocês!

Photobucket

Macaco Bong


Músicas longas e sem vocais. Poderia ser uma banda chata, se não fosse o Macaco Bong. O power trio cuiabano que ganhou o cenário independente com o seu rock instrumental em festivais como o Goiânia Noise Festival, Laboratório Pop Festival, e outros, mescla música brasileira, samba, jazz, fusion, pop, com uma alta dose de rock’n’roll.

Flertando grunge com surf music, o trio que já está na ativa desde 2004, é difícil descrever o som da banda. Fazer um som rebuscado e cheio de arranjos não é sinônimo de boa música. No caso do Macaco, simplicidade é, de fato, qualidade. Ao lado de bandas como o Pata de Elefante e o Hurtmold, o Macaco Bong tem sua identidade cada vez mais imponente e imposta na música brasileira. De galho em galho os Macacos expandem o rock instrumental de boa qualidade no país. Ainda bem que também podemos colher os frutos.

Integrantes:
Bruno Kayapy (guitarra)
Ynaiã Benthroldo (bateria)
Ney Hugo (baixo)


Discografia:
- Álbuns
Artista Igual Pedreiro (2009)

- EP's
2005 EP
Objeto Perdida EP (2007)

Macaco Bong - Noise James

Site: myspace.com/macacobong

6 de julho de 2009

Pata de Elefante

http://www.patadeelefante.com/bancoimg/t080925143920foto6.jpg

Pata de Elefante surgiu em 2002 no Rio Grande do Sul, estado que é responsável pelo surgimento de bandas
fantásticas. Mas a proposta da banda não era aquele velho rock com letras stoneanas, e muito menos um rock
com letras. Isso mesmo, Pata de Elefante é uma das representantes do rock instrumental brasileiro, e o faz com
muita competência ao lado de outras bandas do gênero, como Macaco Bong e Hurtmold.

Os rapazes não ganharam destaque, porque além de exímios músicos, todos os três são compositores, o que
leva a crer que as músicas são tão boas quanto poderiam ser. Mas o que a crítica viu nesses rapazes? Bom, pra início de conversa, os shows começaram a lotar de fãs de músicas vocalizadas, o que é ligeiramente estranho,
já que a maioria das pessoas que gostam desse tipo de música adoram acompanhar os ídolos cantarolando seus
apaixonantes refrões.

Mas nem só de refrões contagiantes se faz uma platéia animada. As apresentações do Pata de Elefante chegam a
ser contagiantes, pulsantes, memoráveis e performáticas. Um prato cheio pra quem sai de casa pra beber e se
esbaldar com os amigos.

Com dois álbuns de qualidade bem igual e repletos das melhores influências, como Cream, Hendrix, Who e Ventures, e uma nova obra prevista pra ser lançada no segundo semestre de 2009, só nos resta dar ouvidos
a esses gaúchos e esperar o que vem pela nossa frente.

Integrantes:
Daniel Mossman (guitarra e baixo)
Gabriel Guedes (baixo e guitarra)
Gustavo Telles (bateria)

Discografia:
- Álbuns
Pata de Elefante (2004)
Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha (2008)

Pata de Elefante - Soltaram!

Site: patadeelefante.com
Alinhar ao centro

5 de julho de 2009

DCV

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHn3V9ETYhqaSXcordkmHZOQXmB35OWwhLu-7_QyFhyphenhyphen_iwPfD8wjPoRd32mFC1tih4iufG1clOZN4rHeSitpjqqo6-cj5sOT2IbtbCBxGgJIhp4ijEPMsVztNavcWDGy1K7UiapdVW_ls/s400/DCV.JPG

DCV é a abreviatura de Dois Caras Velhos , banda uberabense de punk rock mesclado com sons oitentistas, surf
rock e qualquer tipo de bebida. Muito poucos acordes, como manda o punk, solos, que como eles mesmo
dizem, servem só pra descontrair e refrões grudentos que são cantados pelos fãs do começo ao fim. As letras
da banda falam das inquietações do cotidiano, críticas à televisão e, principalmente, das questões do coração –
daquela garota que foi embora e não voltou mais.

Ao contrário do que parece ser, DCV não é algo grotesco, porrada e cansativo. Soa como melodia conturbada e
rítmica dando à banda uma característica, o que estava em falta no mercado de música punk revival, que tinha
pendido pro lado Ramones e se transformado numa bola única e maciça de mesmice.

O DCV parou suas atividades após o falecimento de seu baixista, Rock The Billio, mas segundo boatos,
pretendem continuar seu trabalho e tocar o caos pelo Brasil como andavam fazendo nos festivais por aí. O trabalho dos caras, que antes era somente disponível na internet, foi transformado num compacto de 7'', puta raridade! E por serem bons e terem se lançado em vinil - que eu sou fã - é que eles ganharam espaço no BOOOM! Music.

Integrantes:
Gdiamantino (vocais)
ZéGé (bateria)
Marcos Valle (guitarra)
Pablo HC (guitarra)
Rock the Billio (baixo)

Discografia:
- Álbuns
Jazz Rock (2006)

DCV - Ainda Te Tenho

Site: myspace.com/dcvpunkrock

4 de julho de 2009

Moptop


Quando Mario Mamede, Rodrigo Curi e Daniel Campos se reuniam na casa de Gabriel Marques com o simples intuito de fazer música, eles não imaginavam onde estariam alguns anos depois. Os quatro cariocas que fazem um som moderno e descolado, com influência de Strokes, Los Hermanos, The Clash e outros, cantam sobre rock, cigarros, amor e cinema, e por suas turnês, já visitaram boa parte do Brasil. O que era antes uma descontração mascarada sobre o nome De Lux, quando a banda já assumindo o nome do corte de cabelo dos Beatles, foi finalista do concurso Claro que é Rock em 2005.

Com maiores oportunidades, o Moptop abriu shows do Oasis, e foi contratado pela gravadora Universal. Com seu primeiro álbum de estúdio auto-entitulado, a banda ainda teve a oportunidade de estar no mesmo palco abrindo os shows de grupos gringos como Bravery, Keane e Interpol. Com um leve sucesso e prêmios (como o dia melhor website no VMB), o Moptop foi crescendo como banda e marcando seu território em um elevado patamar do cenário alternativo brasileiro. Com o recente lançamento do segundo disco, Como se Comportar, o Moptop é uma das certezas de que o rock não acabou. Não enquanto as guitarras de Rodrigo Curi fazerem alguns acordes.

Integrantes:
Gabriel Marques (guitarra e vocal)
Rodrigo Curi (guitarra)
Daniel Campos (baixo)
Mario Mamede (bateria)

Discografia:
- Álbuns
Moptop (2006)
Como se Comportar (2008)

Moptop - O Rock Acabou

Site: moptop.com.br




1 de julho de 2009

E o Michael Jackson?

http://gustavocaetano.files.wordpress.com/2006/11/michael-jackson.jpg

Bom, todo mundo já tá cansado de saber: a morte de MJ já virou assunto de manicure de periferia.
Não se sabe se ele morreu de overdose, de enfarto, de ter comido pé-de-moleque estragado, mas uma coisa
é inegável - negável vem de negar, não de negão - : o moleque da foto aí fez história, e isso não foi meramente ao acaso ou porque ele tinha talento. Foi porque ele apareceu no momento certo, na hora certa e com o ritmo certo.

Não acredita no que eu estou lhe dizendo? Irmãozinho, pira! Michael e os outros quatro do Jackson 5 surgiram
poucos anos depois do fim do apartheid - apartheid, para os leigos, era um tipo de segregação que proibia negros,
através da lei, de freqüentarem os mesmos locais que os brancos, como restaurantes, banheiros públicos, assentos em ônibus, etc .
Foi com o fim dessa grande merda racista que a música negra começou a penetrar nas veias branquelas e
levar uma batida incessante, ritmada, contagiante até as canelas imóveis dos brancos. A não ser o John Travolta.

Bom, surgiu nessa mesma época uma gravadora especializada em música negra, a Motown Records,
que lançou além dos Jackson 5, Marvin Gaye, Diana Ross e outras barbaridades mundialmente conhecidas.
Foi por causa das grandes mentes dessa gravadora que Michael lançou seus primeiros compactos solos
e daí pra frente botou pra foder com tudo que tinha. Pegou rock, soul, r&b, dance, botou tudo num liquidificador, bateu e fez seu "sonzinho" que ganharia décadas.

Ah, mas só isso? Os Stones também misturaram uns ritmos e fizeram sucesso. Ok, ok, ele não foi o único.
Outro ponto em que MJ se destacou foi no ramo audiovisual. Bom, o desgraçado lançou uma música que
falava de um filme de terror e rodou um clipe dirigido por Spike Lee, aquele mesmo do Lobisomem Americano em Paris,
montando 14 minutos do que seria um marco na história dos videoclipes.
Thriller mesclava em seu vídeo a história de um casal que foi ver um filme de terror e a música coreografada.

AAAAH, fora isso, o rapaz lançou a dancinha que seria misturada ao seu nome e não desgrudaria mais: o moonwalk.
Bom, marcos à parte, pouco me importa se ele come criancinha, se droga com tranqüilizantes e repete cenas
de Rei Leão com seus filhos pra dezenas de lentes do mundo todo, Michael Jackson fez história e foi dez.
Agora vamos voltar à vida cotidiana, porque quem morreu foi ele, não eu.

Porcas Borboletas

http://i184.photobucket.com/albums/x39/liuroot/Figura1.jpg


Eu tenho poucas palavras a dizer sobre o Porcas. As primeiras é que eu não tenho palavras pra
descrevê-los, a não ser algumas poucas que soltas formam uma incrível unidade psicodélica,
apaixonante, raivosa, pulsante e terna de uma banda madura que só ganha elogios por aí.
Mas putz eu não tinha nada pra falar e de repente falei tanto. Esse é o efeito Porcas Borboletas.

E pra não enchê-los com a minha imparcialidade por ser fã da banda e ter ido em 3 das 4 apresentações
deles aqui na minha cidade,
vou apenas copiar o que li no myspace deles, que já é o suficiente pra despertar
a curiosidade alheia e fazer com que descubram um universo musical diferente, distinto, quase indescritível.

O Porcas Borboletas vem se consolidando como uma das principais bandas do novo cenário da música
independente no Brasil, surpreendendo público e crítica com sua proposta inventiva. A banda, de
Uberlândia-MG, já passou por vários dos principais festivais independentes do Brasil, dividiu o palco com
Arnaldo Antunes no projeto Conexão Telemig Celular, e foi recentemente selecionada pelo programa Rumos
Itaú Cultural, além de ter sido 2° lugar no Prêmio Toddy de Música Independente 2007, na categoria Destaque Regional.

Um Carinho com os Dentes é o primeiro CD dos Porcas Borboletas. Gravado na capital paulista com produção
de Alfredo Bello, apresenta 16 composições inéditas, incluindo uma parceria com Arnaldo Antunes e
participações especiais de Simone Soul, Mauro Motoki (Ludov), Luiz Gayotto, Rubi, Carlos Zhimber, DJ Tudo e EMCANTAR.
O disco, gravado com recursos do Fundo Municipal de Cultura de Uberlândia, já está em sua segunda tiragem, lançada pelo selo Mais Brasil Música.

Abaixo, um pouco do que já foi dito sobre os porcas:

“Ganhei um presente ao musicarem meu poema. Adorei o disco deles.” (Arnaldo Antunes, em entrevista ao site Pílula Pop, 14/10/2006);

“Bastaram cinco minutos de apresentação para que toda a minha imagem de ‘túmulo do rock’ associada a
Uberlândia caísse por terra. A música deles cava um buraco direto dos anos 70 para os anos 2000, com uma
estética divertidíssima. O público fica cada vez mais animado a cada música nova. Impossível não notar os
dois vocalistas de estética indescritível, uma mistura de indie-índio. O momento do ápice vem quando a banda
canta ‘Cerveja’, com sua divertida letra. A platéia canta e pula juntinho e o show prossegue até que a banda é
convocada ao bis, onde para felicidade geral manda mais duas músicas. Fim da desconfiança: aquilo era um
show de rock e dos bons.” (Ronaldo Lemos, Overmundo, 18/02/2007);

“A noite, entretanto, só começou de verdade com os mineiros do Porcas Borboletas. ‘Parece Titãs no começo
da carreira’, disse alguém. ‘Lembra Arrigo’, constatou outro. O fato é que o rock fragmentado com doses
generosas de cabecismo MPB da banda caiu nas graças do público que, pela primeira vez, pediu bis.”
(Dagoberto Donato, TramaVirtual, 24/10/2006);

“Ótimos músicos, letras ácidas e inteligentes, feeling impressionante com o público que foi sem exceção todo
para frente do palco! O caos e a desordem imperavam no palco, o público surpreso se perguntava: ‘De onde
saíram esses caras?’.” (Luciano Vitor, Dynamite Online, 19/11/2006);

“Confesso que pouquíssimas vezes vi uma banda de fora ser tão bem recebida pelo público: as músicas eram
cantadas em coro por todo salão, a garotada se amontoava cada vez mais próximo do palco, deixando os
poetas-músicos-atores-filósofos-humoristas -acrobatas mineiros sem palavras, a certa altura do show. No fim,
obviamente, pedido de bis.” (Beto Wilson, Decibélica, agosto de 2006).

Integrantes:

Danislau Também (vozes, percussão)
Enzo Banzo (voz, violão)
Moita Mattos (guitarra, vozes)
Rafa Rays (baixo)
Ricardim (barulhos, sopros, teclados)
Vi Vicious (bateria)

Discografia:
- Álbuns
Um Carinho Com os Dentes (2008)

Porcas Borboletas - Cerveja (Ao Vivo no Jambolada)

Site: porcasborboletas.com.br