29 de agosto de 2009

Vivendo Do Ócio


Momentos de tédio nunca foram tão produtivos. O quarteto de jovens baianos do centro histórico de Salvador começou a fazer um som com o simples intuito de ocupar o tempo solando guitarras e fazendo riffs clássicos. Mesclando influências do pop atual com o velho rock'n'roll, Vivendo do Ócio tem como referências de Bloc Barty a Rolling Stones. O nome, em homenagem as preguiçosas tardes de som, não profetizava o futuro da banda: depois de um intenso trabalho, o primeiro disco "Teorias de Amor Moderno" foi lançado e disponibilizado gratuitamente na internet, o que possibilitou uma expansão de fronteiras da música.

A banda também participou do GAS Sound, um reality show com bandas de rock exibido pela Rede TV, o que proporcionou grande crescimento e amadurecimento musical, sendo, merecidamente, os vencedores, causando ótimas impressões no público e nos jurados. Fazia parte do prêmio a gravação de um cd pela Deckdisc, que resultou no excelente álbum "Nem Sempre Tão Normal", todo de músicas autorais, modernas, e dançantes. Com o disco, Vivendo do Ócio mostra - e muito bem - a cena nacional a que veio com o rock'n'roll versátil e direto.

Vivendo do Ócio já tocou em grandes festivais como o Festival de Verão de Salvador, Abril Pro Rock - sendo até mesmo considerado o melhor show do festival - e Oi Noites Cariocas. Suas letras sobre o cotidiano, amores, desencontros com muita honestidade e rock'n'roll, conquistam cada vez mais o seu espaço no cena independente do Brasil. A banda também concorre nesse ao prêmio de Aposta MTV, ao lado do Black Drawing Chalks e outros.

Integrantes:

Jajá Cardoso (vocais e guitarra)
Luca Bori (baixo e vocais)
Davide Bori (guitarra)
Diego Reis (bateria)

Ex-integrantes:

Mamede (bateria)

Discografia:

Teorias do Amor Moderno (2008)
Nem Sempre Tão Normal (2009)

Vivendo do Ócio - Fora Mônica


Site: vivendodoocio.com

25 de agosto de 2009

Pullovers

http://pullovers.com.br/wp-content/uploads/2009/04/pullover.jpg

Formado no ano de 1999, Pullovers completa 10 anos de mercado sem ter "estourado" como outras bandas do meio independente, mas é um nome sempre citado e se mantém na ativa mesmo após restar um único membro, e fundador do grupo, da formação original, botando por terra o significado da expressão 'pull over', que em inglês quer dizer estacionar.

No início, Pavement era o principal exemplo a seguir da banda, e as letras em inglês faziam lembrar ainda mais o grupo americano. Fazendo 4 discos com a mesma receita, que por sinal é muito boa e infalível, a banda decide mudar de ares em 2006. Lançam um EP com as primeiras canções em português, e mostram competência e sinceridade ao mexer com a língua pátria.

Em julho desse ano saiu, pela Pisces Records, o disco "Tudo Que Eu Sempre Sonhei", um conto do cotidiano do típico paulistano que se apaixona pela carioca antagônica em "1932", e comemora a beleza de ser brasileirao em "O Amor Verdadeiro Não Tem Vista Para o Mar". Vale a pena conferir a evolução musical de Luiz Venâncio e sua trupe, que além de letras reformadas, incrementaram o cd com novos instrumentos

Integrantes:

Luiz Venâncio (vocais e guitarra)
Bruno Serroni (baixo e cello)
Habacuque Lima (guitarra)
Rodrigo Lorenzetti (piano e teclados)
Angelo Lorenzetti (violão e baixo)
Gustavo Beber (bateria)


Discografia:
- Demos
Teenage Darling (1999)

- Álbuns
Pullovers Can't Play Covers (2001)
Riding Lessons (2002)
Carniça [part. esp. Geanine Marques] (2005)
1932 (2006)
Tudo Que Eu Sempre Sonhei (2009)

Pullovers - Tudo Que Eu Sempre Sonhei (Ao Vivo no Música de Bolso)

Site: pullovers.com.br

22 de agosto de 2009

BOOOM! Music no Orkut

Clique na imagem abaixo e entre na nossa comunidade.
Lá você pode expor sua opinião, discutir, conversar e conhecer pessoas.

http://i256.photobucket.com/albums/hh190/tio_da_galinha/booom.jpg?t=1250961815

18 de agosto de 2009

Minnuit

http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAI6U0pIAucxhqpTYFXbthZvslK2EqK19AarpPNQOEzTbd-M2gIH9Z0PiYVdo2pnFs88NWzbler2maIepAGOwsRsAm1T1ULvKLRc1DDBio4ylC-zJHRkVNhTg.jpg

Essa banda nasceu no primeiro semestre de 2004, na cidade de São Paulo, e tem algo peculiar na sua sonoridade. Mesclando o peso de duas guitarras com violões melódicos e teclados em algumas de suas canções, e letras que escritor algum pode botar defeito, o Minnuit vai galgando os passos ao "estrelato" no meio underground.

Sua primeira demo foi gravada em 2005, e apesar da qualidade do áudio não ser a melhor, o som chama atenção e o grupo começa a fazer suas primeiras apresentações, mas esse ano não foram só flores. Após a troca do baterista e uma repaginada nas antigas músicas, a banda já entra em estúdio para compor o primeiro disco, que conta com 10 músicas e uma vinheta especial para o mesmo.

Com o primeiro cd completo lançado em 2006, pela Travolta Discos, soando como Glassjaw e Lostprophets, uma sonoridade bem atual, moderna, convicta e forte, tocaram ao lado com várias bandas do cenário paulista como Envydust e Drive-In, e acabaram abrindo o show da banda estadunidense Alesana, em 2007.

No início desse

Integrantes:
Eddu (guitarra e vocais)
Diogo (guitarras)
Vinnie (baixo)
César (bateria)

Discografia:
- Álbuns
Catarsis (2006)

Minnuit - Tintas

Site: minnuit.com

16 de agosto de 2009

Renato Godá


Romântico incorrigível, Renato Godá poderia ser um ótimo cantor de um cabaré underground em alguma cidade soberba, mas para nossa sorte, não é. Seja com uma cerveja barata de um boteco de esquina ou o mais caro dos champagnes, nada combina mais com o som peculiar de Renato e sua banda.

Suas influências vão de Jimi Hendrix a Frank Sinatra e Chico Buarque, sem nunca deixar de lado a vida boemia e os amores pelos vícios, mas sempre de um jeito sensível e carismático com a sonoridade crua e as letras sinceras que já foram de Buenos Aires.

Misturando jazz, folk, e uma pitada de verdades descaradas, o paulistano de 38 anos fuma e bebe uísque sem se preocupar em soar brega ou cult demais. Mesmo com shows curtos, Renato envolve seu público com sua apresentação intimista. Não faz nenhuma cerimônia e nem é um bom partido, mas certamente, é um ótimo músico.

Integrantes:
Renato Godá (vocal e violão)
Franck Oberson (baixo acústico)
Edson Guidetti (guitarras e banjo)
Gustavo Sarzi (piano e acordeon)
Claudio Oliveira (bateria)
Marcus Penna (violino)

Discografia:
Nada a Declarar (2005)
Renato Godá (2009)

Renato Goda - Bom Partido (Música de Bolso)

Site: renatogoda.com.br

14 de agosto de 2009

BOOOM! Music Agradece [2]

AEAEAE!
Três meses e só evoluindo.
Galera, obrigado pelas mais de 2600 visitas, e continuem assim.
Já tivemos visitas da Suécia, Bélgica, EUA e até do Paraguai!

Esse mês já incorporamos o Breno, que estreou ontem falando do Dead Rocks,
teremos entrevistas com as bandas que mencionamos aqui, sorteios de cd's
e o que for vindo pra gente. Se você quer divulgar sua banda, mande um e-mail para:
booommusic@gmail.com
com o assunto BOOOM! Music.

Pro mês que vem teremos mais novidades ainda, aguardem.
Acessem o orkut e entrem na nossa comunidade!
Abraço!

11 de agosto de 2009

Black Drawing Chalks

http://www.dosol.com.br/wp-content/uploads/bdc.jpg

Os goianos da Black Drawing Chalks estão na atividade desde 2004, mas só vieram a fazer seus primeiros shows no fim do ano seguinte. A banda é formada por dois irmãos e quatro artistas de todas as naturezas. Além de músicos, os caras são artistas gráficos, tatuadores, arquitetos e talvez qualquer outro tipo de coisa que não espalharam ainda, mas que deve ser de qualidade.

Com uma sonoridade surgida no fim dos anos 70, chegando a lembrar Motörhead ou Black Sabbath em alguns riffs, o BDC (como eles mesmos se resumem) é uma banda que faz o velho rock clássico parecer vivo, pulsante e dançante. Guitarras cheias de velocidade, originais, vocais rasgados e fortes, baterias simétricas e linhas de baixo que acompanham as guitarras com vivacidade.

Com dois álbuns lançados num curto espaço de tempo, Black Drawing Chalks não perdeu a qualidade, e nem o estilo peculiar e raro na atualidade. Além disso, contam com a ajuda da Tronco Produções, que tem seu nome vinculado a bandas emergentes como Holger, Homiepie e Stephanie Toth. A banda já passou pelo Goiânia Noise Festival e fez uma turnê no Canadá, um belo começo.

Quanto aos trabalhos gráficos dos caras, é possível conferir tudo no Flickr:
/victorjam
/dogrinhasdosteclados

Integrantes:

Denis de Castro (baixo)
Douglas de Castro (bateria)
Renato Cunha (guitarra e vocais)
Victor Rocha (guitarra e vocais)

Discografia:
- Álbuns
Big Deal (2007)
Life Is A Big Holiday For Us (2009)

Black Drawing Chalks - Big Deal


Site: myspace.com/blackdrawingchalks

9 de agosto de 2009

Autoramas

Se o rock nacional fosse uma pista de corrida, os Autoramas certamente estariam em um lugar privilegiado desde a largada. A partida do Autoramas foi em 97, no Rio de Janeiro, quando Gabriel Thomaz, recém-chegado na cidade carioca, depois do fim de sua antiga banda, The Little Quail + The Mad Birds, começou a fazer um rock dançante, punk, surf music com os amigos Bacalhau e Simone. A carreira então engatou rápido, e CDS e turnês não pararam desde então. Com suas letras eletrizantes e as batidas dançantes, escutar Autoramas é um saudosismo aos anos 80 e ao mesmo tempo, uma prévia do futuro com as guitarras elétricas, sem soar antiguado ou futurístico demais.

Apesar de algumas mudanças de baixista na formação, porém sempre ocupado por uma mulher, os fãs do Autoramas são fiéis devotos e sempre lotam desde as casas de shows underground e os festivais nos quais a banda passa. As influências de rockabilly, Ramones e new wave são bem claras no som da banda. O cartão de visitas dos Autoramas dá inveja em qualquer aspirante a músico: Bacalhau foi baterista do lendário Planet Hemp, e Gabriel Thomaz é autor de vários hits de bandas como Raimundos e Ultraje a Rigor, além de uma parceria com o Movéis Coloniais de Acaju, que resultou no vinil "Vai Thomaz no Acaju".

O trio, que já foi do Rio ao Amapá, tem também reconhecimento fora do cenário brasileiro, com shows na América Latina, na Espanha,Inglaterra, em Portugual... O show agitado dos Autoramas faz barulho da Holanda até o Brasil. Em 2005, foi a banda mais premiada no VMB como melhor clipe independente. As músicas do Autoramas estão em coletâneas até do Japão (sim, não é uma hiperbóle) com suas guitarras inconfudivéis. E de fato, nada pode parar os Autoramas.

Integrantes:
Gabriel Thomaz (guitarra e vocais)
Bacalhau (bateria)
Flávia Couri (baixo e vocais)

Ex-integrantes:
Simone (baixo e backing vocal)
Selma Vieira (baixo e backing vocal)

Discografia:
Stress, Depressão & Síndrome do Pânico (2000)
Vida Real (2001)
Nada Pode Parar Os Autoramas (2003)
Teletransporte (2007)

Autoramas - Você Sabe


Site: autoramasrock.com.br

BOOOM! Aumenta a Equipe

Isso aí, mais uma pessoa escrevendo pro BOOOM! Music.
A falta de tempo tomou conta da Nina e de mim, por necessidade e a vontade de escrever aqui,
Nina e eu convocamos um recifense pra ajudar a gente na empreitada bombante das bandas brasileiras.

Photobucket

Esse rapaz aí é o Breno! Não sei muita coisa sobre ele não, mas será uma ajuda. Abraços!

4 de agosto de 2009

O Hype de 2008?

Como é de costume, eu deveria postar a descrição de alguma banda hoje, mas eu gosto de discussões bem elaboradas, e nesse exato momento eu estava tendo uma com pessoas que considero imparciais o suficiente e com opinião sólidas o bastante.

Ao abrir uma comunidade que freqüento muito no orkut, me deparo com um novo tópico pedindo a opinião dos freqüentadores sobre as bandas brasileiras em 2008 e o link de uma postagem no Blogin da MTV, que eu não leio, falando sobre as bandas que Rafael Morettini - o blogger - considerou o melhor de 2008. Isso me inspirou a trocar o convencional post de hoje por uma discussão.

A começar, ele citou que a grande porrada de 2008 foi Mallu Magalhães. Apesar da coisa wannabe Bob Dylan, e da péssima produção do álbum dela, Mallu tinha sua coisa própria, mas perdeu. Crise do underground? Pode até ser, mas pra mim, o que estraga muita banda, é o produtor. E tenho medo que o que aconteceu com Mallu possa acontecer com Stephanie Toth.

http://www.coquetelmolotov.com.br/pt/noticias/20080602054444.jpg
Stephanie Toth, personagem do trio folk feminino brasileiro

Um caso semelhante foi o que aconteceu com o Móveis Coloniais de Acaju. "Idem" foi um disco com energia, uma porrada na cabeça, mas "C_mpl_te", após Miranda - aquele do Ídolos - ter colocado seus fartos dedinhos na banda, decaiu em energia, mas ganhou em unidade, o que às vezes não é bom fonograficamente falando, mas comercialmente é sim um grande atributo.

Outro ponto interessante foi que a maioria, ou quase todas as bandas mencionadas, compõe em inglês, ou são instrumentais! Tudo bem, eu não gostei da reforma ortográfica, mas não é por isso que vou trocar o português pelo inglês e abrir mão da minha identidade nacional. Por um lado é interessante pra bandas que preferem dar ênfase para as guitarras que para os vocais, já que muitos jovens pecam na hora de falar certo.

Fazendo um adendo ao título da postagem, a coisinha chamada hype/mainstream, Morettini falou de Boss In Drama, Twelves e Mickey Gang. Todos de pegada dançante, synths e composições em inglês. Apesar de soarem bem aos ouvidos, pra mim parece que todas querem apenas ter seu espaço na mídia, nada por paixão, apenas uma maneira de aparecer e conquistar umas cabeças. Opinião pessoal, embora nunca tenha falado com os caras.

http://editoriacultura.files.wordpress.com/2009/04/bossindrama2.jpg
Boss In Drama, música eletrônica curitibana

Depois de tudo isso cheguei a conclusão que, pra fazer sucesso na MTV é só ter aquela dose meio clichê, um inglês básico, roupas legais e soar blasè. Receita quase infalível pra ter seu nome citado na rede brasileira que mais atinge a juventude brasileira. Gostaria que vocês dessem uma lida no post e me deixassem comentários com suas opiniões. Ninguém aqui é dono da verdade.

Eis o link da reportagem: http://mtv.uol.com.br/blogin/blog/2008-finalmente-o-ano-das-bandas-brasileiras

1 de agosto de 2009

Luísa Mandou Um Beijo



Nascida em 1999, na cidade maravilhosa, Luísa lançou seu primeiro registro em áudio no ano seguinte, gravado em uma simples mesa de apenas 4 canais. A partir daí, Luísa foi só alegria, que aliás é uma característica marcante do seu som. Vocais doces, solos de trompete, guitarras leves, baterias numa batida bem sólida e leve. Um som que embala.

Apesar do nome, não há nenhuma Luísa no Luísa Mandou Um Beijo, e nem se imagina pra quem é o tal beijo. Com um som bem feito e produzido, a banda não se declara em uma vertente do rock, mas eu me arrisco a dizer que triscam o powerpop e o indie bonitinho, feito sob influências de Pato Fu e Belle & Sebastian, uma mistura devéras interessante na minha opinião.

Já apareceu ao lado de grandes nomes da música independente, como Vanguart e Macaco Bong na Virada Cultural 2009. Além disso, a banda já marcou presença em coletâneas internacionais na Alemanha, Itália, Japão e até em Cingapura! Hoje em dia a banda assina com o selo Midsummer Madness, do Rio e o Volume 1, de SP.

Uma curiosidade: apesar da criatividade com o nome da banda, todos os álbuns são lançados sem título.

Integrantes:
Flávia Muniz (vocais)
Fernando Paiva (guitarra)
PP (guitarra)
PC (baixo)
Daniel Paiva (trompete)
Cristiano Xavier (bateria)

Discografia:
- Álbuns
Luísa Mandou Um Beijo (2005)
Luísa Mandou Um Beijo (2008)

- Ep's/Singles/Demos
Demo (2000)
Ep Ao Vivo no Ensaio (2001)
Single (2002)

Luísa Mandou Um Beijo - Guardanapos

Site: luisamandouumbeijo.com