1 de julho de 2009

E o Michael Jackson?

http://gustavocaetano.files.wordpress.com/2006/11/michael-jackson.jpg

Bom, todo mundo já tá cansado de saber: a morte de MJ já virou assunto de manicure de periferia.
Não se sabe se ele morreu de overdose, de enfarto, de ter comido pé-de-moleque estragado, mas uma coisa
é inegável - negável vem de negar, não de negão - : o moleque da foto aí fez história, e isso não foi meramente ao acaso ou porque ele tinha talento. Foi porque ele apareceu no momento certo, na hora certa e com o ritmo certo.

Não acredita no que eu estou lhe dizendo? Irmãozinho, pira! Michael e os outros quatro do Jackson 5 surgiram
poucos anos depois do fim do apartheid - apartheid, para os leigos, era um tipo de segregação que proibia negros,
através da lei, de freqüentarem os mesmos locais que os brancos, como restaurantes, banheiros públicos, assentos em ônibus, etc .
Foi com o fim dessa grande merda racista que a música negra começou a penetrar nas veias branquelas e
levar uma batida incessante, ritmada, contagiante até as canelas imóveis dos brancos. A não ser o John Travolta.

Bom, surgiu nessa mesma época uma gravadora especializada em música negra, a Motown Records,
que lançou além dos Jackson 5, Marvin Gaye, Diana Ross e outras barbaridades mundialmente conhecidas.
Foi por causa das grandes mentes dessa gravadora que Michael lançou seus primeiros compactos solos
e daí pra frente botou pra foder com tudo que tinha. Pegou rock, soul, r&b, dance, botou tudo num liquidificador, bateu e fez seu "sonzinho" que ganharia décadas.

Ah, mas só isso? Os Stones também misturaram uns ritmos e fizeram sucesso. Ok, ok, ele não foi o único.
Outro ponto em que MJ se destacou foi no ramo audiovisual. Bom, o desgraçado lançou uma música que
falava de um filme de terror e rodou um clipe dirigido por Spike Lee, aquele mesmo do Lobisomem Americano em Paris,
montando 14 minutos do que seria um marco na história dos videoclipes.
Thriller mesclava em seu vídeo a história de um casal que foi ver um filme de terror e a música coreografada.

AAAAH, fora isso, o rapaz lançou a dancinha que seria misturada ao seu nome e não desgrudaria mais: o moonwalk.
Bom, marcos à parte, pouco me importa se ele come criancinha, se droga com tranqüilizantes e repete cenas
de Rei Leão com seus filhos pra dezenas de lentes do mundo todo, Michael Jackson fez história e foi dez.
Agora vamos voltar à vida cotidiana, porque quem morreu foi ele, não eu.

2 Responses to “E o Michael Jackson?”

Unknown disse...

dei trelas com "cenas de rei leão cxom seus filhos"

Giovanna Melanie disse...

realmente, a maré foi boa pro Michael, e claro que ele fez com que ela ficasse melhor ainda!
adorei o finalzinho, haha. bjs

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